Biblioteca Genealógica de Lisboa    
Home
Arquivos Bibliografia Biografias Costados Dicionários Direito Ex-Libris Genealogia Geografia Heráldica História Instituições Memórias Metodologia Monografias Nobiliários Onomástica Património Periódicos
Autores Casas Instituições Famílias Lugares Obras Pessoas Títulos e Cargos
 
Obras Autores Famílias Pessoas Notícias
Mocidade Portuguesa- Homens para um Estado Novo
Editora:
A Esfera dos Livros
Local: Lisboa
Tipo: Livro
Ano da Edição: 2008
Idioma: pt
Volumes: 1
Páginas: 276
Disponível: Sim
Durante décadas, em Lisboa, na Avenida da Liberdade, e um pouco por todas as ruas das cidades portuguesas, jovens rapazes desfilavam orgulhosos (ou, muitas vezes, contrariados), de bandeira em punho, exibindo a sua inconfundível farda verde e caqui. 0 seu lema era servir. A Pátria, Deus e Salazar - o homem que criou a Mocidade Portuguesa (MP) com o objectivo de efectuar a "formação intregral" da juventude, tendo em vista moldar "homens de crácter" . Os novos homens para um Estado Novo.
Joaquim Vieira traz-nos a história da MP, organização tutelada pelo Estado que durante aproximadamente quatro décadas (de 1936 a 1974), em plena ditadura salazarista, enquadrou a juventude em idade escolar, obrigatoriamente entre os 7 e os 14 anos, voluntariamente ate ã idade da incorporação militar. No seu período de máxima expressão, a MP terá chegado a contar com cerca de 600 mil filiados, e quase ate ao fim mobilizava cada ano lectivo entre 200 mil e meio milhão de rapazes.
Criada a imagem e semelhança de organizações de juventude de outras ditaduras europeias, a Mocidade Portuguesa pretendia que os jovens -os futuros homens do Regime - tivessem uma mente sã num corpo são. De norte a sul do país, a MP organizou paradas, acampamentos e sessões de ginástica. A educação física juntava-se a educação do espírito, com a transmissão da ideologia, da religião e da moral.
Quando Marcello Caetano, um dos dirigentes mais marcantes da MP, foi derrubado com o 25 de Abril de 1974, e com ele o regime fundado por Salazar, esta organização era já um anacronismo dentro do próprio Estado Novo. Mas, bem ou mal, a MP foi uma vivência de juventude que ficou gravada na memória de alguns milhões de portugueses.